No passado dia 7 de Janeiro de 2017, o GAIC convidou o activista Luaty Beirão a participar num debate público sobre a Liberdade de Expressão em Angola. Esteve também presente a Vice-Presidente da Amnistia Internacional Portugal, Filipa Santos, que nos falou da história de outro activista, Marcos Mavungo.
Luaty Beirão fez uma apresentação onde descreveu o seu percurso de intervenção em Angola, o envolvimento da restante população não só em Luanda mas também noutras zonas do país, e um apanhado da sua visão daquilo que é a situação política do país. Este caminho foi feito com muita coragem da sua parte, coragem em questionar a governação, em não fugir e ao invés resistir e enfrentar o sistema angolano.
"Vai, e se der medo, vai com medo mesmo" foi um dos seus lemas neste percurso, pois o medo costuma ser bem sucedido naquele país, e é usado para reprimir. Lembrou-nos da altura em que o medo foi ganhando terreno nas manifestações e que estas foram tendo cada vez menos aderência. Sobraram os resistentes.
Estes tiveram que ajustar a sua estratégia, passando a fazer manifestações espontâneas, tentando chamar menos a atenção das forças da autoridade. A repressão continou, e continua, mas os resistentes também continuam lá. Angola é um barril de pólvora que não se sabe quando explodirá.
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Juntamente com a população de Coimbra, conseguimos criar um debate riquíssimo sobre esta temática, marcada por muitas intervenções interessantes. Estamos muito gratos pela presença de tod@s, e deixamos aqui o nosso agradecimento à Direcção do Departamento de Ciência da Vida pela cedência do espaço, e à equipa executiva da Amnistia Internacional Portugal pela ajuda que nos deram para conseguirmos realizar este evento.